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Balsa Elétrica São Sebastião | Ilha Bela

2025-04-11  Rafael Fraga  42 views
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Governo de São Paulo anuncia travessia elétrica entre São Sebastião e Ilhabela com leilão do consórcio ainda em 2025

 


Projeto pioneiro no Brasil promete modernização, sustentabilidade e redução de custos operacionais

Por Redação Melhor Que Temos   
Atualizado em 12 de abril de 2025 

O anúncio histórico  
O vice-governador de São Paulo, Felicio Ramuth (PSD), confirmou nesta sexta-feira (11) que a travessia marítima entre São Sebastião e Ilhabela será operada por balsas elétricas, marcando um avanço na transição energética do transporte hidroviário do estado. O leilão para a concessão do serviço, inicialmente previsto para anos anteriores, será realizado ainda em 2025, com expectativa de atrair investimentos privados e garantir uma "solução definitiva" para a população.  

Ramuth, que também preside o Conselho Diretor do Programa de Desestatização (CDPED), destacou que o projeto inclui a substituição das embarcações antigas por modelos híbridos ou totalmente elétricos, alinhados às metas de zerar emissões de carbono até 2045. A iniciativa faz parte de um plano mais amplo de modernização da infraestrutura portuária e hidroviária paulista.  

 

Tecnologia europeia como inspiração   
O anúncio vem após uma missão técnica do governo paulista à Suécia, em março de 2025, onde a comitiva liderada por Ramuth visitou empresas referência em transporte sustentável, como a Candela, fabricante da balsa elétrica mais rápida do mundo (Candela P-12), e a ABB, especializada em motores elétricos marítimos. O objetivo foi absorver conhecimentos para implementar sistemas semelhantes no litoral norte de São Paulo.  

A experiência sueca, que já opera 68 balsas elétricas em 48 rotas, mostrou reduções de até 40% nos custos operacionais, além de menor impacto ambiental. A Public Ferry Company, parceira da missão, compartilhou dados sobre eficiência energética e logística, que serão incorporados ao edital brasileiro.  

 

Detalhes do projeto e cronograma  
Modelo de concessão: Parceria público-privada (PPP) por 30 anos, incluindo operação, manutenção e renovação da frota.    
Investimentos: Além das balsas, o projeto prevê modernização dos terminais e integração com sistemas de energia renovável.    
Leilão: Previsto para o segundo semestre de 2025, com estudos de viabilidade conduzidos pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), após a inviabilização de um projeto anterior da FGV (2021).    
Benefícios esperados: Redução de congestionamentos, maior regularidade no serviço e atração de turismo sustentável.  

Contexto político e desafios  
O anúncio ocorre em um momento estratégico para Ramuth, que acumula protagonismo no governo paulista. Caso o governador Tarcísio de Freitas concorra à Presidência em 2026 – hipótese que ganha força no "Plano T" –, Ramuth assumiria o Palácio dos Bandeirantes, fortalecendo sua imagem como gestor de projetos inovadores.  

Entretanto, desafios persistem:      
1. Atrasos anteriores: O edital só foi retomado após a revisão técnica pela Fipe, já que o estudo da FGV não pôde ser aproveitado.    
2. Dependência federal: O governo estadual aguarda resposta da União sobre a outorga do Porto de São Sebastião, essencial para o planejamento de longo prazo.  

 

Impacto ambiental e econômico  
A substituição das balsas a diesel por elétricas evitará a emissão de aproximadamente 12 mil toneladas de CO₂ por ano, segundo estimativas preliminares. Além disso, a iniciativa deve gerar empregos em setores de tecnologia verde e consolidar São Paulo como líder em transporte sustentável na América Latina.  

Para investidores, o modelo oferece segurança jurídica e potencial de retorno, com tarifas ajustáveis conforme a demanda turística – que chega a triplicar no verão.  

 

Próximos passos  
Abril a junho/2025: Finalização dos estudos técnicos e divulgação do edital.    
Julho/2025: Audiências públicas para debate com moradores e empresários.    
Outubro/2025: Leilão na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo).  

Ramuth reforçou que o projeto não é apenas uma "promessa eleitoreira", mas parte de uma estratégia estadual que inclui a possível privatização do Porto de São Sebastião, dependendo da extensão da outorga federal.  


 Acompanhe o Melhor Que Temos para mais detalhes.


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